sábado, 18 de setembro de 2010

Divisor de Águas

Acredito que a primeira grande decepção que enfrentamos em nossa vida é quando descobrimos que nossos pais não serão pra sempre aquele desejado porto seguro.
Quando nos deparamos com a difícil realidade, que vai além do mundo ao qual estávamos acostumados a viver, estamos diante de um desafio que precisa ser superado. A superação geralmente demanda um tempo de maturação que é imprescindível e precisa ser compreendido.
É curiosa a capacidade da vida de nos ensinar. Por mais que esteja com dificuldades ela sempre nos orientará, cabe a nós enxergarmos e estarmos aptos às mudanças. É essencial lidar com os anseios, as expectativas próprias e alheias, porém não é uma matéria que aprendemos, não é ensinada, é apreendida através de experiências únicas. 
Talvez seja essa a fase senão mais importante, a mais exigida. O meio nos cobra adaptação e a situação é nova, como mares nunca dante navegados. Muitas vezes a insegurança ganha espaço neste contexto, passamos por caminhos tortuosos, isso acaba nos prejudicando, mas é importante continuar a remar.
Passamos por momentos de transição em nossa vida que nos requer sabedoria para saber enfrentá-los. Uma vez um professor disse aos seus alunos que a peça chave deste quebra-cabeça é a atitude de reserva. No contexto ao qual estamos inseridos, precisamos olhar criticamente as situações para não mergulhar profundamente e acabar perdendo o foco.
A observação é uma virtude pois é o primeiro passo para a sabedoria. É necessário que tenhamos conhecimento de nossas capacidades, lutar para que sejam reconhecidas, pois assim podemos galgar rumo à liberdade.Assim como muitas intempéries, esta é só mais uma fase denominada adolescência.

sábado, 11 de setembro de 2010

Mundo Paralelo

 
 Não sei se é um pensamento pessimista, mas o meu olhar constata potenciais que são ignorados. As situações cotidianas nos forçam a ser egoístas, a ser, talvez, quem não somos.
   O que seria agir corretamente fora do nosso âmbito amistoso e familiar? Questiono-me muitas vezes ao dia, sei o que pensar porém não sei como agir. Não consigo, talvez seja uma questão de hábito, colocar máscaras para conseguir algum resultado satisfatório.
   Observo que é assim que as pessoas sobrevivem neste mundo paralelo e assim adoecem no seu próprio mundo. Temo que este seja o destino de todos e o meu por conseguinte.
   Agora consigo entender o porquê de muitas situações, só não sei porquê que sempre se repetem.Algumas pessoas pensam como eu, porém continuam neste caminho porque é assim que se sobrevive. Temo que nunca conseguiremos mudar isso.
   Uma vez me perguntaram qual era o meu sonho, neste dia não tive a oportunidade de responder. Se a mim fosse perguntado novamente, eu diria que é ser livre, poder levantar as três da madrugada e ir viajar, sem destino.
   Existe uma parte da vida que não conhecemos. Não quero que essa vontade seja platônica e nem quero que as pessoas pensem isso. Quero realizar e mostrar que é possível.

sábado, 4 de setembro de 2010

Havia uma pedra no meio do caminho...


Certa vez um homem caminhava sem olhar pros lados e foi acusado de dar uma olhadinha pro lado...


- Impossível, eu nunca olho para os lados pois tenho um caminho pra seguir e não vou me desviar por nada nesse mundo - protestou o homem diante do acusador, que era uma mulher.

-Para que saiba minha cara senhora, eu tenho um pensamento firme, e jamais olho para os lados. Meus pais me ensinaram a nunca me desviar do caminho, por isso é um absurdo o que está me dizendo.

A mulher ficou sem reação pois aquela não era sua intenção...

-Caro senhor, me desculpe não era minha intenção ofendê-lo, mas pareceu-me ter visto o senhor olhando ligeiramente para o lado esquerdo - disse a mulher.

Por alguns minutos eles debateram, e parecendo não chegar a um consenso a mulher disse:

-Bom me desculpe, é possível que eu tenha me enganado...é possível.

-É possível sim - disse o homem pronto pra recomeçar sua jornada

O homem que caminhava sem olhar para os lados, de fato assim caminhava mas em compensação também não olhava pro chão...

-Mas...- alertou a mulher

-Nem mas, nem meio mas, eu nunca olho para os lados- falou o homem

Terminando de proferir tais palavras o homem tropeçou em uma pedra e caiu em um buraco.

-Eu tentei avisar - disse a mulher abanando a cabeça

Felizmente, o buraco no chão era pequeno e com a ajuda da mulher, o homem não teve dificuldades em sair.

Quando se levantou, finalmente olhou para os lados, e pode ver o quanto ele estava perdendo todo esse tempo, somente olhando pra frente, e também reparou como a mulher em sua presença era linda.

Desde esse dia, os dois caminham juntos.

E ele aprendeu que é importante ter um foco e não perder aquele caminho de vista, mas também é importante ter a flexibilidade necessária para  desviarmos das pedras que vão aparecendo ao longo da vida... e se por acaso, você cair em um buraco e houver alguém a ajudar,estendendo a mão... então o percurso será bem melhor de fazer.